* por Edson Rontani
O período de
1930 a 1940 foi o marco definitivo das histórias em quadrinhos. Ação e
personagens fantásticos tomaram conta das páginas dos jornais diários e
revistas próprias. Começando em 1929 com Tarzan, por Rex Maxon; Buck Rogers,
por Dick Calkins, em 1930; Capitão César, por Roy Crane, em 1931; Dick Tracy,
por Chester Gould, em 1932; Agente Secreto X-9, por Alex Raymond, em 1932;
Brick Bradford, por Clarence Grey, em 1933; Flash Gordon e Jim das Selvas, por
Alex Raymond, em 1934. Nesse ano surgiu o extraordinário mágico Mandrake,
criado por Lee Falk e com desenhos de Phil Davis. Em 1935, surge Terry e os Piratas,
por Milton Caniff. Em 1936, Harold Foster realizou sua obra mais ambiciosa: O
Príncipe Valente. Em 1937 apareceu Red Ryder (Bronco Piler), de Fred Hermann, e,
em 1938, Charlie Chan, por Alfred Andriola. Essa foi a década de uma verdadeira
revolução das histórias em quadrinhos.
Em 1935,
William M. Gaynes desenhou a primeira revista que continha diversas histórias
em quadrinhos completas, em cores, e assim surgiram personagens como, Super-Homem,
Batman, O Raio, Tocha Humana, Príncipe Submarino, Capitão Marvel, e muito
outros heróis. Na década de 50, os desenhistas decidiram produzir em larga
escala aventuras do faroeste. Pouca novidade e nem houve revelações, com exceção
de dois bons desenhistas, Frank Robbin e John Cullen, autores de Big Ben Bolt.
Em 1950 as
histórias em quadrinhos se encontraram em uma etapa plena de madureza e
superante. Deve-se a vários fatores, pelo trabalho intenso e criativo que deu
resultado a criação de ambientes, tramas e personagens que respondem a uma
necessidade particular de temperamento do leitor. Pode-se afirmar que as
histórias em quadrinhos americanas já impunham absoluta superioridade. No
Brasil ela começou a evoluir em finais da década de 50, com crescente rapidez,
aperfeiçoando-se em suas realizações e desenvolvendo-se em grandes proporções.
Entre os desenhistas brasileiros que manifestaram-se destacam-se: André Le
Blanc, Messias de Mello, Antônio Euzébio, Jayme Cortez, José Geraldo e outros.
Muitas revistas brasileiras foram editadas na década de 50. A maioria
dedicava-se às histórias de terror. Pouca oportunidade tiveram nossos
desenhistas. As revistas produzidas por brasileiros não aguentaram a chegar até
o final da década de 60. O único que se manteve no ramo e ainda se mantém é o
autor da Mônica, Bidu, Cebolinha, o grande desenhista Maurício de Sousa.
Matéria originalmente publicada
no jornal “Tribuna Piracicabana” em 19 de fevereiro de 1993
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