A editora Globo Livros Graphics lança em novembro, no Brasil, o álbum em quadrinhos "As Diabruras de Quick e Flupke - vol. 1" (Les Exploits de Quick et Flupke - vol. 1),
de Hergé. Criadas pelo pai de Tintim em 1930, as peripécias dos
pequenos garotos de Bruxelas já foram publicadas em português como
"Aventuras e Desventuras de Quim e Filipe", mas nunca por uma editora
brasileira.
:: Um pouco de história
Quick et Flupke fizeram sua estreia em 20 de janeiro de 1930 no mesmo jornalzinho que apresentou Tintim, o Le Petit Vingtième.
Os personagens-título são dois travessos meninos de Bruxelas que vivem
se envolvendo em situações engraçadas, criando invenções inusitadas e
enlouquecendo os adultos - principalmente o Agente 15, um policial à lá dupond e Dupont que vive implicando com eles. Suas historinhas não passam de duas páginas, às vezes sem falas, mas sempre com gags relacionadas ao cotidiano dos moleques.
Ao longo de uma década, foram mais de 300 histórias publicadas. A
primeira compilação das tiras de Quick e Flupke foi publicada
originalmente em 5 livros entre 1930 e 1941, em preto e branco. Só mais
tarde, com o fim da Segunda Guerra Mundial, as tirinhas foram coloridas e
republicadas em 11 volumes, entre 1949 e 1969, tornando-se populares em
outros países de língua francesa, além da Bélgica. Entre 1975 e 1982
foi editada uma nova coleção com as mesmas histórias, agora em seis
volumes, com o título "Les Exploits de Quick et Flupke". Após a morte de
Hergé, a série foi republicada pela Casterman em 12 volumes entre 1985 e
1991, fora da ordem cronológica e incluindo tiras não desenhadas pelo
artista. Em Portugal, a Editorial Verbo publicou "Aventuras e
Desventuras de Quim e Filipe" em 12 volumes.
:: Os nomes Quick e Flupke são o diminutivo dos nomes Patrick e Phillipe, respectivamente, no dialeto belga brabant.
:: Diz a lenda que, voltando ao trabalho depois de tirar férias, Hergé foi surpreendido por uma "pegadinha" dos colegas de redação, que, sem avisar, haviam anunciado publicamente que ele lançaria uma inédita série de quadrinhos. Com poucos dias para dar conta do recado, Hergé mesclou reminiscências infantis com influências do cinema e dos cartuns norte-americanos para dar vida a dois garotos às voltas com confusões nas ruas da Bruxelas dos anos 1930. Limitado ao espaço de duas páginas por semana, Hergé desenvolveu a partir dali narrativas cômicas que, além do primor da concisão, apresentam a atmosfera ternamente poética do universo das crianças.
:: A série já virou desenho animado nos anos 1980, e manteve o mesmo estilo rápido e nonsense dos quadrinhos. (http://www.tintimportintim.com/)
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